Algumas fotos bem legais pra destrair um pouquinho...

sábado, 29 de março de 2008

EU VIVEREI COM PERFEITA FÉ NO PODER DO BEM ONIPRESENTE PARA TRAZER A MIM O QUE EU PRECISAR, NO MOMENTO CERTO.

Vagando pela Califórnia

Aos 20 anos me apaixonei.È verdade.começou com uma amizade.Comigo sempre foi assim, primeiro a amizade, depois o amor.Acho que nunca vivi uma paixão avassaladora.Mas era bom, pois a gente conversava muito, se sentia a vontade para ter todos os assuntos, e é lógico, eu com a minha eterna carência, sempre me doava, e esperava mais da relação.Ele era mais novo do que eu, mas sou uma mulher sem preconceitos.Eu queria ele pra mim, ele era a minha cara, e ele me entendia...só que os sonhos dele eram outros...ele queria ir para os EUA trabalhar, e tentar conseguir um green card.Eu estava nos planos dele, mas eu, eu queria ele pra valer, eu me casaria com ele, eu largaria tudo por ele.Mas ele não.Como não poderia deixar de ser diferente,
estávamos em " time" diferente.Enquanto eu, já independente queria brincar de casinha, ele queria ganhar o mundo, mas tb não queria me perder.homem é assim...vai cozinhando a situação como pode, já as mulheres nesse ponto querem logo uma decisão.
Vivemos uma relação regada a amizade e amor, mas um certo dia ele foi mesmo pro tal dos EUA, precisamente a California em busca do seu ouro.Fiquei aqui desolada, e um mês depois fui para ficar um mês, mas acabei ficando uns 8 mêses.Mais uma vez, deixei a minha vida pra traz, e fui viver um sonho que tálvez não fosse o meu, mas precisava ter certeza.Ele trabalhava em uma fábrica de Asa Delta, na parte da construção da estrutura da asa.A fábrica se chamava " Pacific Airwave". Ele morava em um trailler, sem banheiro que ficava no terreno meio-escondido de uns amigos que ele já havia feito.Eu cheguei lá com uma mochila nas costas e U$ 800 no bolso.Foi emocionante e assustador, pois meu inglês era embromation total, e ele trabalhava todos os dias, o dia inteiro, e lá tava euzinha vagando pela Califórnia...Não deu outra, em um mês já estava trabalhando como ajudante na mesma fábrica, cortava, custurava, custurava, cortava...e foi isso durante um bom tempo.Consegui uma licença para trabalhar, e falsifiquei ( coisa de Brasileiro).
E quando não estávamos trabalhando, viajamos para vários lugares, e assim pude conhecer boa parte da Califórnia.Só com uma mochila, sempre as mesmas roupas, que eram sujas durante a semana, e lavadas no findi.Vivi esse tempo com as mesmas roupas, e sem luxos.Estava alí por um sonho, mas um sonho que não estava no seu tempo.Fiz vários amigos, e aprendi o que era o desapêgo.Percebi desde então que pra ser feliz, precisava de muito pouco, mas precisava mesmo era de amor, muito amor, e como amor não se exige, não se obriga...eu resolvi voltar ao Brasil, e deixar que o meu Amor-Amigo fosse viver o seu sonho, e me fiz entender que se vc ama alguma coisa, vc tem que deixar ela ir. E meu Mundo desabou novamente.Só que agora a vida era real, a armadura tinha perdido o brilho, e eu tinha que recomeçar o que eu havia abandonado.
Nessas alturas, o Nucrepe já existia, e não podia abandoná-lo tb. Eu trabalhava 10 hs por dia nessa fábrica, e tinha que voltar e colocar energia no meu negócio.Não podia abandonar a minha história tb.Depois que voltei ao Brasil, fiz mais umas duas viagens a Califórnia, mas só para matar saudades... e hoje em dia somos grandes amigos.
O Amor é a base de tudo.Eu quero muito amor na minha vida.

Eu Não Lamento O meu Pasado

Outro dia assisti ao filme que conta a vida de " EDITH PIAF ", e já vi duas vezes!!! Ela precisou ter coragem pra sobreviver, viveu intensamente, tomou muita porrada, ela era irreverente, não deixou que o sucesso mudasse o seu jeito de ser.Que mulher, que vida, que fonte de inspiração!!
Por favor assistam a esse filme!!!

Voltando No Tempo....

Então, depois de " comer o pão que o diabo amassou" aos 22 anos minha vida estava prestes a ter uma grande mudança. Agora era cada um por si...e sendo assim, sobrou eu pra cuidar de mim.Aos 18 anos fui trabalhar em uma loja em Petrópolis, e conheci as verdadeiras pessoas
que me deram amor, carinho e atenção.Eu estava destruída, e sem esperança...não sabia quem eu era, descobri uma página em branco na minha vida.Um vazio.Um abismo.Me sentia rejeitada
e com medo.Desconfiada e carente.Mas essa seria a minha primeira e grande reviravolta.
Fui trabalhar em uma loja chamada " Corpo & Alma" , e lá eu pude ter uma familia novamente.
Aprendi o que era uma equipe, percebi que podia acreditar no ser humano novamente.Senti que
não estava sendo usada, e que as pessoas que estavam comigo, estavam por amor, unidas por um sentimento verdadeiro.Esse trabalho, com essa equipe/familia, durou 5 anos, e esse foi o tempo que eu levei para me reerguer, e ver que eu tinha um potencial a ser explorado.Poxa!!!
eu era uma pessoa legal, estava machucada, mas ainda tinha o poder da cura, e estava tudo dentro de mim, e eu só precisava acreditar na minha capacidade interior e perder o medo.
Eu precisava acreditar na vida novamente.Essas pessoas tem nome, a maioria delas ainda está presente na minha vida, e são as pessoas que me conhecem verdadeiramente, e eu a elas.
Com elas aprendi a me respeitar, aprendi a dizer não, aprendi que meu corpo não era um objeto,aprendi a sorrir novamente.Esse tempo durou 5 anos e foi muito intenso.A gente era foda!!!
Eu, Inês, Claudia, Monica, Teresa, Nanci.

Como o Medo Nos Imita

Viver com medo é a pior forma de insultar nossos verdadeiros egos. Ao ter tão pouca consideração por aquilo que somos-por nossos instintos, nossas habilidades e nosso valor-constrruímos uma jaula em torno de nós.Para impedir que os outros nos prendam, fazemos isso por eles.Presas por nossos próprios temores, fingimos que somos incapazes de ter aquilo que queremos e ficamos sempre 'a espera de que os outros nos dêem permissão para começar a viver.E em pouco tempo começamos a acreditar que essa é a única maneira.

MULHERES CORAJOSAS SEMPRE VENCEM

Última Página

Mais uma vez o tempo me assusta.Passa afobado pelo meu dia, Atropela minha hora, Despreza minha agenda. Corre prepotente A disputar lugar com a ventania. O tempo envelhece, não se emenda.
Deveria haver algum decreto Que obrigasse o tempo a desacelerar E a respeitar meu projeto. Só assim, eu daria conta Dos livros que vão se empilhando, Das melodias que estão me aguardando, Das saudades que venho sentindo, Das verdades que ando mentindo, das promessas que venho esquecendo, Dos impulsos que sigo contendo, Dos prazeres que chegam partindo, Dos receios que partem voltando.
Agora, que redijo a página final, Percebo o tanto de caminho percorrido.Ao impulso da hora que vai me acelerando. Apesar do tempo, e sua pressa desleal, Agradeço a Deus por ter vivido, Amanhecer e continuar teimando...

sexta-feira, 28 de março de 2008

BAD DAYS...BAD DAYS

Essa semana que passou não foi nada boa...bati de frente com o desânimo, um " quase" desespero tomou conta de mim.'As vezes é difícil conviver com essa pessoa que eu me transformei, e que nem conheço direito...não quero ser um robô...quero minha vida de volta,quero ter controle sobre as circunstâncias, quero respirar aliviada, quero ter força para aceitar aquilo que eu não posso mudar.Quero que o sistema se foda!!!!Eu quero menos pra mim.
Ninguém me disse que seria fácil, mas tenho o direito de me permitir ser fraca.Não quero ser a heroína de nehuma história.Quero ficar parada, olhando, sem falar nada.Quero mais silêncio, e mais verdades na minha vida.Preciso saber a altura exata do abismo em que me encontro.Sim, estou deprê, e com licença, eu tenho direito tb.Sempre aceitando tudo...isso não é legal....Estou decepcionada com o ser humano, e quase não acredito mais na possibilidade do mundo mudar.
As pessoas precisam fazer teatro o tempo todo, todos temos que seguir um padrão...O mundo esta falso, os valores estão invertidos.Não estou nada animada...quem sou eu? quem é vc?
Vc acorda, toma um café, acende um cigarro, vai trabalhar, dá ordens, recebe ordens, volta pra casa....e começa tudo de novo.
Outro dia eu tomei todas, foi feia a coisa....não posso fazer isso, não posso fazer aquilo, não posso tantas coisas...mas tomei um porre!!! E daí??? Fuck!! Eu precisei!!! Bad days, bad days sem esperança, e sem alegria, e sem saco nenhum para ninguém.Estou dentro de uma bolha.Preciso descobrir o meu caminho.Peço a Deus uma luz, um sinal, e peço que ele nunca me abandone.
Deus me ajude tb a parar de julgar as pessoas.Limpa a minha mente e me perdoa...

domingo, 16 de março de 2008

" COMO UMA ONDA NO MAR"

...Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia...tudo passa, tudo sempre passará...
... As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas. "

Quando vc recebe o diagnóstico de um CA, vc pira, é como se tirassem o chão q vc pisa,vc começa a não ver mais razão em fazer a maioria das coisas que vc fazia, enfim, é um tsunami na sua vida.Até vc fazer todos os exames, e ver como está o seu caso, é um Deus nos acuda, e vc acha mesmo que o fim chegou.O desespero se torna seu companheiro. Mas hoje em dia, a medicina avançou muito, e é possível, sim obter a cura. EU ACREDITO!!!Tudo vai depender de vc, e jamais perca tempo, pois o tempo nesse caso pode ser seu maior inimigo, caso vc deixe ele passar, e achar que vai se curar sózinha.
Enquanto eu fazia os exames pré-operatórios, e tentava segurar a onda, apareceram várias situações no meu caminho.Isso durou mais ou menos uns 2 mêses, que foi o tempo que levei até decidir o procedimento adequado para o meu caso.Aí é que eu quase pirei mesmo, pois aconteceu o seguinte: Cada um tinha alguma coisa pra te falar, pra te indicar, etc... começei tomando a famosa " Babosa" do Frei de Petrópolis, depois vieram as milagrosas pilulas do Frei Galvão,
veio a possibilidade de fazer uma quimioterapia a base de acunpuntura,veio a medicina ayurvédica, e escutava todos os dias ao programa do "Padre Marcelo Rossi" , ( me ajudou muito), aí pintou a Irmã Ester...O caso dela foi o auge total da busca desenfreada de mudar o meu caminho, e não ter que enfrentar a minha realidade.Ouvi algumas histórias sobre o trabalho de cura dela, inclusive um tio meu foi submetido ao tratamento dela, e qdo foi operado, o tumor dele, deixou de ser maligno.Eu não estava em condições de duvidar de nada, e nem de ninguém, só queria acordar disso tudo.Cheguei a casa aonde ela consultava, deveria ter mais umas duas pessoas aguardando.Estava nervosa.Ela me chamou, conversou sobre o meu caso, me apalpou, e disse que iria dar tudo certo, porém teria que fazer o tratamento dela durante dois meses, e não deixar nenhum médico me operar.A prescrição médica da Freira, foram a mistura de várias ervas, que se fazia um chá, e havia umas capsulas que eu tinha que colocar 3 gotas de " criolina", e tomar, e logo após comer uma banana.Confesso que passei muito mau, e só consegui seguir a prescrição dela por uns 4 dias.Fiquei com muita dor de cabeça, além de passar os dias arrotando criolina.Eu tb não ia poder esperar dois meses para saber se ia dar certo o tratamento, fora que eu não tinha uma fé, ou força suficiente para crer que isso pudesse funcionar.Enfim, qdo contei ao meu médico essa história, ele falou q já conhecia a freira, mas que cientificamente, o trabalho dela nunca tinha sido comprovado.Devemos nos entregar a Deus, mas precisamos acreditar na medicina convencional.A cura espiritual está dentro de nós, mas não podemos fugir dos protocolos.

sábado, 15 de março de 2008

" Força Mental"


Adquira maior força mental.Desenvolva um poder mental tão grande que voce possa permanecer inabalável, aconteça o que acontecer, enfrentando bravamente qualquer coisa na vida.Se você ama A Deus, deve ter fé e estar preparado para suportar as provações, quando vierem.Não tenha medo de sofrer.Mantenha a sua mente forte e positiva.O mais importante é a sua experiência interior.
Querida, Silvia " Firmesa" essa mensagem é para vc. Acredite que tudo vai dar certo!! Vc é uma mulher forte e guerreira.tenha fé, e conte comigo.
Bjs
Dea, para o que der e vier...

terça-feira, 11 de março de 2008

" Livre, leve, solta e fazendo merda"

O auge da minha loucura foi dos 18 aos 22 anos.Ter que viver, e não mais escutar sua voz, não olhar mais para seus lindos olhos azuis...Percebi que minha familia nunca existiu, a gente não riu junto, a gente não foi feliz.Existia um abismo entre eu, meu irmão, e minha irmã, e existia papai,
que estava em processo de auto-destruição.Tudo o que me fazia lembrar a dor da perda, e do sofrimento me fazia mau.Eu não queria essa vida, eu não tinha escolhido viver isso, eu não tinha pedido para nascer.Estava só, carente, e me sentia rejeitada por todos.Eu era rebelde, tinha acabado de fazer 18 anos, totalmente sem saber para que lado olhar.Me envolvi com pessoas, e situações que me fizeram sofrer ainda mais.Vieram as drogas, queria me dopar, não queria enxergar a minha realidade.Nessa época, minha irmã se casou, e meu irmão foi morar no Rio.Eu fiquei com papai, e comigo, e com uma vida sem nenhuma expectativa.Eu era responsável pelos meus atos, fazia o que queria, e é claro só estava fazendo merda.Aos vinte anos eu engravidei, de " bobeira", e foi preciso levar meu pai comigo para conseguir autorização para fazer um aborto.
Esse foi meu segundo fundo de poço.Ter que ir com meu pai até uma clínica de aborto, foi péssimo, deixou marcas profundas.
Ele enfrentou esse momento comigo, e chorou.Eu lembro, sinto pena.Queria tanto voltar no tempo, e ter a cabeça que eu tenho agora, eu poderia ter ajudado mais os meus pais,eu poderia
ter dado mais de mim para eles.Eu fui egoísta.Estava no meu momento, queria me divertir, queria azaração, queria me drogar...não queria viver a história ruim que eles estavam vivendo.
Queria a minha adolescência inteira para mim, e sem sofrimento.Eu tentei fugir daquela vida, tentei mesmo, e confesso que fui traída pelo meu egoísmo.Sabe aquele ditado " a gente colhe o que planta"? Pois é, é impossível fugir dele.E eu colhi direitinho...colhi muita dor e desesperança, fui usada, ou me deixei usar.
Sinto falta de um colo de Mãe, uma palavra de pai.Todas as decisões da minha vida foram tomadas por mim. e eu não podia mais errar.
Depois eu continuo a escrever, pois eu não estou nada bem...
Sorry!

" Meu Mundo Secreto"


Essa da foto acima costumava ser eu qdo pequena.Pouco me lembro dela.Filha mais nova de uma ( quase) familia de três irmãos, eu acho que era feliz, ainda que não me questionasse, mas pela minha cara, e pelo que sobrou das fotos, me parecia ser uma criança feliz e sadia, eu faço parte de uma familia grande.Minha mãe teve onze irmãos( irmãs), então eu tinha muitos primos e primas,
moravámos em um prédio de três andares que pertencia a nossa familia, era um " cortiço" organizado. Em cada andar tinha uns quatro apartamentos, e um determinado grupo familiar.
Era um prédio-casa, com direito a caixa dágua no terraço, e um grande morro atras, morro esse
que era a nossa diversão.faziámos cabanas, cada um tinha sua casa, suas galinhas, etc...mesmo crianças, já brincava de gente grande.Foi uma fase feliz, sim!Vim de uma familia, classe média-baixa, então não tinha luxos, e meus brinquedos, além de umas três ou quatro bonecas " susie",
e uma " beijoca", eu brincava era na terra, eu brincava de polícia e ladrão, queimado, ia na pracinha da "liberdade" aos domingos andar de bodinho, e comer algodão doce.Na TV, assistia aos filmes do Elvis, Jerry Lewis, e todos da Sessão da tarde...era muito boa a minha vida.Ah, andava de velocípede, e bicicleta de rodinha, e adorava jogar " detetive" e brincar de as "panteras", eu gostava de ser a " kelly", por ser morena...mas achava a " Gil" o máximo.Minha prima, Adriana, era sempre a Gil.Eu e a Minha prima Adriana temos dois dias de diferença de idade.Ela eu eu erámos inseparáveis!!! Foi uma boa conquista essa amizade na minha vida.
Well, aos nove anos de idade, percebi que minha vida definitivamente estava começando a mudar...eu sempre fui muito esperta e curiosa, no natal minha mãe escondia os presentes, para fazer eu acreditar em papai-noel, mas antes do natal eu já achava os presentes...não imaginava que esse excesso de curiosidade, ou desconfiança, poderia me prejudicar no futuro. Mas só agora consegui perceber .Enfim, quem procura, acaba achando...em um determinado dia comum, 'a tarde, me lembro bem disso...eu estava na cozinha, e percebi que minha mãe falava baixo alguma coisa com uma tia minha, e apontava, e mostrava o seu seio.
Algum tempo passou, fiquei meio sem entender o que estava acontecendo, mas não imaginava a seríedade do que estaria por vir.Minha mãe começou a ter que ir para o Rio, fazia exames, sofria calada, e o " tumor" já era grande.Naquela época as pessoas tinham pavor só de pensar na palavra Cancer, e tinham medo de ir ao médico.O tempo passava, e qdo minha mãe resolveu se tratar, a coisa já estava feia, na minha cidade não existia tratatmento adequado, e não tinhámos plano de saúde.Ela ia para o Rio sózinha, e de ônibus para enfrentar a sua primeira grande batalha.Isso aconteceu há 30 anos atras.Sylvia, era o seu nome.Sylvia foi uma grande guerreira, uma verdadeira leoa, Sylvia foi a minha grande fonte de inspiração para eu continuar a querer viver...Me desculpe falar assim, Mãe,mas o pouco tempo que tive com vc, foi o que a vida me deu de melhor para seguir em frente, Vc foi , e é a minha fortaleza.E eu não te dei quase nada de mim...Sylvia será uma mulher para ser sempre lembrada.Eu erdei a sua garra, e a sua vontade de viver e enfrentar desafios.Nada era impossível para Sylvia,Sylvia era linda, por dentro principalmente.Sylvia sobreviveu durante 10 anos lutando contra o cancer em uma época em que a medicina ainda corria para dar uma sobrevida digna ao portador de Ca. A saga de Sylvia
começou, pela mama, direita, depois foi para a esquerda, depois foi para os orgãos internos, e chegou ao cérebro.Qdo chegou ao cérebro, já estava na reta final da sua passagem por aqui nessa vida.Eu estava prestes a completar 18 anos, e foi quando Sylvia nos deixou.Aos 18 anos eu perdi o que eu tinha de melhor, e mais valioso na minha vida.Foi uma dor muito grande.Eu queria morrer tb.No final sylvia sofreu muito, foi se esquecendo de quem era, não lembrava mais meu nome, usava fraldas, e tinhámos que dar banho nela.É uma lembrança muito triste.Eu fiquei totalmente perdida, e solta na vida.Meu pai era alcolótra, e depois que sylvia nos deixou, meu Pai não segurou a barra, se detonou completamente na bebida.Não trabalhava, não tomava banho, não havia diálogo, erámos uma familia completamente despedaçada e separada pela dor.
Eu vivia uma vida q não queria viver...consegui reunir forças, e em um determinado dia com a ajuda de alguns amigos, consegui enternar meu Pai para tratamento.Ficou 6 mêses em tratamento.Nunca mais bebeu, mas qdo fiz 22 anos, o Coração dele não aguentou, e José nos deixou...Pobre José...sinto pela vida vazia que teve, sinto pelas conversas que não tivemos, sinto pelos abraços e carinhos que não trocamos.Eu sonhei que sylvia tinha vindo aqui buscar José, pois ele não sabia dirigir, e acordei com uma vizinha batendo na minha porta para avisar q José tinha partido.Aí pude entender meu sonho.Mesmo com todo o mau que a bebida fez com josé, e josé com Sylvia, e seus filhos, Sylvia veio buscar José.Ela esticou a mão para ele, mesmo ele tendo nos abandonado pela bebida, ela se superou mais uma vez, e veio ajudá-lo a partir.Foi bonito isso Sylvia!
Sinto muito a sua falta...

sábado, 8 de março de 2008

sexta-feira, 7 de março de 2008

" Essa tal de TPM"

"Você pode até me empurrar de um penhasco, mas eu vou dizer: E daí? Eu adoro voar!"

"É que sinto falta de um silêncio. Eu era silenciosa.E agora me comunico, mesmo sem falar. Mas falta uma coisa. E vou tê-la. É uma espécie de liberdade, sem pedir licença a ninguém."

(Clarice Lispector)

quinta-feira, 6 de março de 2008

" NORMOSE"

lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerado o fundador da ioga no Brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal.
Todo mundo quer se encaixar num padrão.Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar.O sujeito " normal" é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido.Quem não se " normaliza" acaba adoecendo.A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, sindromes de pãnico e outras manifestações de enquadramento.
A pergunta a ser feita é: quem espera o que de nós?Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas?
Eles não existem.Nehum joão, Ana ou Zé bate a sua porta exigindo que vc seja assim ou assado.Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha " presença" através de modelos de comportamento amplamente divulgados.
Só que não existe lei que obrigue vc a ser do mesmo jeito de todos, seja lá quem for todos.Melhor se preocupar em ser vc mesmo.
A normose não é brincadeira.Ela estimula a inveja, a auto depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa.Vc precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por Mês?
Pesar quantos quilos até o verão chegar?
Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias.Um pouco de auto-estima basta.
Pense nas pessoas que vc mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida ao seu modo.Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante.O normal de cada um tem que ser original.
Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros.
É fraude, E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.
Eu não sou filiada, seguidora, fiel ou discipula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma integra, simples e sincera.
Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.

É ótima a reflexão feita pelo Prof. Hermógenes.

Martha Medeiros

quarta-feira, 5 de março de 2008

" Algumas palavras de Clarice"

...Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais. Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar mas que fazia de mim um tripé estável. Essa terceira perna eu perdi.E voltei a ser uma pessoa que nunca fui. Voltei a ter o que nunca tive: apenas as duas pernas. Sei que somente com as duas pernas é que posso caminhar.Mas a ausência inútil da terceira me faz falta e me assusta, era ela que fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma, e sem sequer precisar me procurar...


''Fiz do meu prazer e da minha dor o meu destino disfarcado.''

O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo.

Silêncio. Preciso morrer. Já morri algumas vezes, á tempos que não. Às vezes é preciso, é preciso morrer para viver. Ando com saudade de Deus.

domingo, 2 de março de 2008

" Visual que Cura"

Esse visual é a frente da minha casa aqui em Itaipava.Ele me ajudou, e continua muito a me ajudar...Ele não fala, não reclama, não me julga...Todos os o dias esta ali, parado me esperando
para me ouvir ou para apenas ser olhado.

" Mãe Divina"


" Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder.A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade"
( Clarice Lispector)

Um Poema de " Flora figueiredo"

Estava enrolada em teias e traças,debaixo da escada,lá no subsolo da casa fechada.Começava a tomar ares de desgraça.Manchada do tempo,fenecia a esperar que um dia alguma coisa acontecesse.Antes que se perdesse completamente,sentiu passar um vento cor-de-rosa.Toda prosa, espanou a bruma,pintou os lábios e sem vergonha nenhuma caprichou no recorte do decote.A felicidade volta à praça cheia de dengo e de graça,com perfume novo no cangote."

Bjs, & Paz, muita Paz!